Mensagem de final de ano

O ano em que voltei pra casa

Lembrei-me de chegar para ver todos ainda dormindo, por isso eu me apressei em sair antes de o sol nascer. Diante da soleira da porta, antes de entrar, revi toda minha vida.
Eu pensei em tudo, em tudo que era possível falar, que servisse para todos aqueles que amava. Havia estado fora tempo suficiente para que a saudade deixasse marcas profundas e feridas abertas se fechassem completamente. Aquele era o começo do fim daquele ano em que nada fora vazio, embora agora minhas palavras o fossem.
Concentrava-me em fazer gestos que mostrassem minha satisfação, minha alegria e meu preenchimento, contando a respeito dos temporais, do céu azul, das lindas flores da abril, das desventuras e gargalhadas que fizeram daquele tempo, único.
Evitava falar daquilo que ninguém vira, porque sabia que nada faria parar aquele momento e a benção que ele era. Mas todos podiam perceber as batidas de meu coração, que batia por eles, querendo dizer amor, querendo dizer que eu estava de volta no fim daquele ano, que voltei para fazer o meu rio desaguar no mar, encontrar o fonte do meu ser e fazer meu coração continuar a bater por aqueles que amava e voltava a amar.


(Fernando Nunes – inspirado na canção “Quem sabe isso quer dizer amor” de Milton Nascimento)

SAFE TRIP HOME

www.didomusic.com
O novo álbum da minha cantora preferida - Dido Florian Cloud O'Malley de Bounevialle Armstrong - Safe Trip Home é simplismente fantástico.

Começando pela capa, um astronauta no espçao passeando pela óbita da terra, marcando o choque entre o negro do espaço e azul da Terra.



Tudo começa com uma batida leve e envolvente em 'Don't believe in love', que traz uma letra diferente, com Dido dizendo que prefere fiacar sozinha quando não acredita no amor. Em seguida vem a já familiar 'Quiet times', que lembra tracks de Life For Rent (segundo álbum), essa música esteve presente em um dos últimos episódios de Gray's Anatomy e tem um refrão marcante!

'Never want to say it's love' é pop e clássica, com um jogo de cordas divino e embalador e antecede a canção épica do álbum dedicado a seu pai, 'Grafton Street', um tributo ao pai falecido a dois anos, em meio ao processo de gravação do disco.

O álbum segue com a força de 'It comes and it goes', a poesia cantada de 'Look no further' - minha canção preferida, a animadissíma 'Us 2 little gods', cujo o video do projeto Safe Trip Home foi gravado por um diretor brasileiro (ver www.safetriphome.com ).

É impossível não voar no pensamento ao ouvir 'The day before the day' e seu violão gostosíssimo ou mesmo não se apaixonar pela 'Let's do the things we normally do', que causou polêmica por trazer trchos de uma letra antiga que fazia aluzão ao IRA.

O desfecho fica por conta da confessional 'burnin love (with citzen cope)' e da poetissíssima 'Nothern skies' - que traz um reflexão profunda, sendo a que mais tem a ver com a capa do album.



ENFIM, UM ABULM PERFEITO, O MELHOR DOS 3 LANÇADOS, QUE PODE VENDER MUITO MAIS DE 12 MILHÕES DE CÓPIAS, COMO NOANGEL.